A um ano das eleições, como está o cenário em Santa Maria

A sexta-feira (6) marcou a contagem regressiva para a eleição municipal: um ano para o 1º turno, em 6 de outubro de 2024. E, surpreendentemente, o cenário eleitoral se antecipou. E rápido. Há chapa já formada e até pré-candidatos anunciados, além de articulações nos bastidores a pleno vapor.


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Há duas pré-candidaturas postas que governam ou já administraram Santa Maria. No caso da atual gestão, o vice-prefeito Rodrigo Decimo é o nome escolhido para representar o projeto de oito anos de Jorge Pozzobom (PSDB). Ainda no União Brasil, ele logo alçará voo para o PSDB. Por outro lado, na condição de ex-gestor da cidade, o deputado estadual Valdeci Oliveira é o ficha número 1 do PT e defenderá seu legado de oito anos à frente da prefeitura, de 2001 a 2008. Ele não assumiu a pré-candidatura, mas seu futuro vice, o ex-prefeito José Farret (União Brasil), antecipou-se e anunciou a dobradinha ainda no final de julho, numa costura com o União Brasil.


No campo da direita, há a pré-candidatura do atual presidente do Instituto de Planejamento (Iplan), Ewerton Falk (PL), que é outro nome ligado ao governo Pozzobom. Nesse mesmo espectro, há o advogado Giuseppe Riesgo, anunciado, em agosto, como nome do Novo. Do Podemos, o vereador Tony Oliveira se ensaia para concorrer a prefeito no mesmo campo. Pela centro-esquerda, o PDT deverá lançar o ex-reitor da UFSM Paulo Burmann, presidente da sigla.


Dois dos maiores partidos locais vivem uma incógnita. O Progressistas não tem nome, embora prometa lançar candidatura própria. E o MDB tem o atual secretário de Assistência Social do governo Leite (PSDB), Beto Fantinel, como nome preferencial, mas aguarda por uma resposta. O vereador Tubias Callil (MDB) também quer concorrer a prefeito.



No jogo eleitoral, há alguns nomes que tendem marcar posição para mais adiante serem indicados como vice. Esse é o quadro do momento.



Indefinição em partidos

Progressistas

Principal partido de direita em Santa Maria e com a maior bancada no Legislativo, o Progressistas, neste momento, não tem um nome para a prefeitura. Entretanto, a direção já anunciou que a legenda terá candidatura própria e que, em breve, realizará uma pesquisa para ter um termômetro em relação a nomes. “Nós entendemos que não é hora de anunciar (nome)”, afirmou o presidente do partido na cidade, vereador Pablo Pacheco. Sem nominá-los para evitar especulações, o dirigente disse que a legenda tem de “dois a três nomes” que poderão concorrer. E não descartou o pré-candidato vir de fora do Progressistas, já que, filiação e troca de legenda podem ocorrer até seis meses da eleição. O presidente tem dialogado com partidos alinhados com as ideias progressistas que comanda. Contudo, disse que “não há interesse” em aderir à chapa governista por ser oposição ao Executivo na cidade, embora o Progressistas faça parte da base do governo Eduardo Leite (PSDB). Há, ainda, especulações para uma composição como vice em uma chapa encabeçada por Giuseppe Riesgo, pré-candidato a prefeito pelo Novo, ou por Beto Fantinel, cotado para concorrer pelo MDB. Nesse cenário, nomes como do ex-vice-prefeito Sergio Cechin e dos ex-vereadores Sandra Rebelato e Luiz Carlos Fort são especulados. Mas o sonho do Progressistas é convencer o ex-deputado Giuseppe a se filiar na sigla para disputar o pleito de 2024.


PSB

Da base dos governos Lula (PT) e Eduardo Leite (PSB), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) tem dialogado com siglas que integram as gestões federal e estadual, entre elas Podemos, PDT, MDB e PT. Coordenador regional do PSB, Celso Carvalho disse que também será intensificado o debate eleitoral dentro do próprio partido, especialmente com os dois parlamentares no Legislativo. Ele afirmou que, além de uma nominata à Câmara, o PSB almeja protagonismo na disputa à prefeitura com participação na majoritária, seja com o candidato, seja com o vice. O vereador e comunicador Paulo Ricardo tem sido especulado para compor uma chapa como vice numa eventual aliança.


PSol

Depois de ter a candidata mais votada à Câmara em 2020 – Alice Carvalho –, e não garantir a vaga por não atingir o quociente eleitoral, o PSol, no momento, está focado em reforçar a nominata para vereador e não fez uma discussão sobre o pleito à prefeitura. O novo presidente do partido em Santa Maria, Alídio da Luz, disse que uma definição sobre pré-candidatura ou aliança ao Executivo será tratada mais adiante. O PSol forma uma federação com a Rede, que vale para quatro anos, e faz parte da base do governo Lula (PT). Sobre coligação com o PT, o dirigente informou que, por enquanto, teve apenas conversa “informal”.


Republicanos

Com dois vereadores no Legislativo, o Republicanos integra a base da gestão de Jorge Pozzobom (PSDB) e deve continuar como aliado no pleito de 2024. Presidente do partido na cidade e líder do Executivo na Câmara, o vereador Alexandre Vargas disse que, no ano que vem, o Republicanos deve continuar no mesmo lado. “Provavelmente vamos apoiar o pré-candidato do governo”, informou ele. No caso, será o vice-prefeito Rodrigo Decimo.

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